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Escalada nos valores da conta de luz preocupa consumidores

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De acordo com a Aneel, adoção da bandeira vermelha ocorre porque os reservatórios estão muito baixos e as termelétricas, que produzem energia mais cara, foram acionadas. A notícia não é boa para a população após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar a adoção da bandeira vermelha a partir do mês de maio para as contas de luz. De acordo com a Aneel, o aumento da tarifa acontece porque os reservatórios estão muito baixos e as termelétricas, que produzem energia mais cara, foram acionadas. Ou seja, as contas ficarão mais caras.

A analista Heloise Sanchez, da Equipe de Análise da Terra Investimentos, comenta que, conforme dados históricos do próprio site da Aneel, em dezembro do ano passado foi adotada a bandeira "Vermelha P2", e, desde janeiro deste ano, a bandeira "Amarela". "Além dos reservatórios baixos, outro ponto que acaba impactando no valor da conta são as pessoas passando mais tempo em casa, tanto por conta da pandemia e o isolamento social, como do home-office. Também temos a questão do desemprego, que atingiu nível recorde nos últimos meses, estando em 13,9% conforme dados do 4º trimestre de 2020 no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que influencia no aumento da inadimplência".

"Com o acionamento, ocorre a cobrança de R$ 4,169 a cada 100 quilowatt-horas consumidos. Em maio, também inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques reduzidos para esta época do ano. Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD). A conciliação desses indicadores levou ao acionamento do patamar 1 da Bandeira Vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada", justificou a Aneel na última sexta-feira (30/4).

O economista autônomo Hugo Passos explica que o aumento terá impacto diretamente no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no orçamento diário das famílias. "Uma família que consome 200 KWh teria um adicional na bandeira vermelha de R$ 8,338, ou seja, uma família com salário-mínimo de R$ 1.100, iria desembolsar, só na bandeira vermelha, 0,76% do seu salário, sendo que se fosse com a bandeira amarela, seria apenas 0,24%. Cada vez mais as famílias mais pobres sendo afetadas pela inflação", explica.

Impacto direto

O problema atinge a todos os consumidores. É o caso da empresária Alesxandra Lima, 46 anos, que reside na cidade de Valparaíso de Goiás (GO), e que reclama sobre o aumento da tarifa. "O valor nunca diminui, a gente pensa que um dia possa ter uma redução, uma bandeira branca ou uma amarela, mas nunca diminui. Sempre pagamos valores muito altos, um dos maiores que pagamos foi por volta de R$ 400, outras vezes R$ 300, e aqui em casa só residem três pessoas", descreve.

Alesxandra ainda conta que, para conciliar as contas, como uma das alternativas, passou a se preocupar com gastos de maior prioridade e deu adeus aos supérfluos. "Nós íamos a vários lugares e com frequência, gastávamos com muitas coisas, que hoje vejo como luxo. Passamos a focar somente no necessário", relata.Também de acordo ainda com a Aneel, para o mês de junho, a bandeira ainda passará por um novo reajuste. "A bandeira para junho será anunciada na última sexta-feira do mês de maio".(Correio Braziliense)



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